Dr. Henrique Cunha Vieira

Nascido em Belo Horizonte, mineiro de coração, me mudei para São Paulo em 2020 onde busquei me especializar ainda mais na minha área de interesse: a Reprodução Assistida. Para isso no ano de 2022 fiz o Fellowship na Unifesp/EPM, setor Integrado e voltado ao atendimento em casal, para melhor entender os fatores que influenciam no potencial fértil masculino e feminino que possam impedir uma gestação de maneira natural.

O papel de um médico na jornada reprodutiva é buscar identificar fatores que influenciam na qualidade dos gametas e possam impedir a concepção de maneira natural.

Pela Organização Mundial de Saúde 1 a cada 6 casais enfretarão ao longo de sua vida uma dificuldade para engravidar em pelo menos 1 ano de tentativas sem sucesso.

Algumas vezes já existem alterações sabidas que pioraram o potencial reprodutivo e nem compensa esperar esse tempo todo , necessitando investigação imediata ou dentro de 6 meses.

O tempo é algo crucial quando falamos de gravidez. Não só a idade da mulher importa, mas também a qualidade e o potencial dos espermatozoides, as técnicas de laboratório que temos na medicina para ajudar a facilitar o processo de fertilização, os hábitos de vida do casal e outros tantos fatores mas que apenas em consulta conseguimos levantar.

Acho que é melhor tirar um tempo para explorar melhor cada caso e ajudar o casal nesse processo, seja com seus próprios gametas, com auxílio de gametas de familiares (até 4o grau que é o qua a lei atual permite) ou doação anônima. O que é Maternidade e Paternidade para você?

Eu me esforço para ajudar vocês nessa trajetória e agora basta você querer e agendar um atendimento!

A diminuição da contagem de espermatozoides, conhecida como oligospermia (concentração de < 16 milhões de espermatozoides/mL), pode ser influenciada por diversos fatores e com diferentes mecanismos. Abaixo, apresento 7 (sete) fatores de agravo que podem contribuir para esse quadro:

Varicocele: A presença de veias dilatadas nos testículos faz com que a área fique mais aquecida e prejudica a espermatogênese (processo de geração de gametas masculinos);
Obesidade: O excesso de peso pode alterar o equilíbrio hormonal, alterando a proporção dos hormônios masculinos e femininos encontrados no corpo do homem, e levando a problemas de fertilidade;
Tabagismo: O consumo de tabaco está associado à redução da qualidade do espermatozoide e geração de estress oxidativo;
Álcool e drogas: O consumo excessivo de álcool e o uso de drogas podem afetar negativamente a produção e qualidade de espermatozoides a depender da substância e dose que é consumida;
Exposição a substâncias tóxicas: Certos produtos químicos e pesticidas podem prejudicar a fertilidade masculina com acúmulo de metais pesados nos testículos;
Uso de medicamentos: Alguns medicamentos podem diminuir o potencial de fertilização do espermatozoide, entre eles medicações para tratar queda de cabelo e pressão alta.
Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): Infecções não tratadas, como clamídia ou gonorreia, podem causar danos aos órgãos reprodutivos e provocando processos obstrutivos, principalmente nas tubas uterinas, impedindo o encontro natural dos gametas.

É importante ressaltar que cada caso é único, e a análise de um profissional de saúde com olhar diferenciados para essas doenças é fundamental para identificar a causa específica da diminuição dos espermatozoides e propor o tratamento adequado, seja cirúrgico ou clínico.

Quando não há espermatozoides no ejaculado, é importante procurar ajuda médica especializada para determinar a causa e buscar possíveis soluções. Essa condição pode ser chamado de azoospermia, quando há pelo menos 2 amostras analisada em laboratório confiável que realiza o processamento do semen, conforme o manual da OMS com centrifução da amostra e avaliação do sedimentado (pellet). As suas principais causas podem estar relacionadas a fatores genéticos, obstrução dos ductos, problemas hormonais ou outros problemas de saúde.

Dependendo do diagnóstico, algumas opções de tratamento podem ser consideradas, como:

Tratamento hormonal: se a azoospermia é causada por desequilíbrios hormonais, podem ser utilizados medicamentos para estimular a produção de espermatozoides que aumentam a produção de testosterona do próprio corpo.
Extração cirúrgica de espermatozoides: Em alguns casos, é possível realizar procedimentos como a aspiração de espermatozoides diretamente do epidídimo ou testículo para as técnicas de Reprodução Assistida.
Reversão de vasec: caso o homem tenha uma cirurgia de esterlização masculina previamente uma das opções é a realização de sua reversão, mas esse não é o único tratamento e depende de uma avaliação do casal.
Suspender medicamentos específicos: quando eles podem alterar o funcionamento da ejaculação, provocando um processo em que o ejaculado sai de maneira retrógrada, ou seja volta para a bexiga e é eliminado na urina.
Tratamento de doenças crônicas: o Diabetes, por exemplo altera o mecanismo de ejaculação e pode ser uma das causas de encontro de poucos espermatozoides no ejaculado.

É fundamental lembrar que cada caso é único, e o tratamento adequado dependerá da causa específica da azoospermia. Além disso, contar com o apoio emocional e a compreensão do parceiro(a) durante esse processo também é fundamental para enfrentar as possíveis dificuldades que podem surgir. Nem sempre será possível voltar a ter espermatozoides no ejaculado, mas isso não significa que você não poderá ser Pai um dia.

Sim, é possível ter filhos anteriormente e agora não conseguir ter de maneira natural.

A fertilidade é um conceito complexo, que envolve o casal.

Alguns fatores que podem contribuir para a piora do potencial fértil no homem ao longo da vida são:

Idade: A fertilidade tende a diminuir com a idade, mesmo em homens. Após os 35 anos já pode haver uma queda dos parâmetros seminais e qualidade do espermatozoide, podendo dificultar a concepção.
Condições de saúde: Algumas condições médicas, como infecções sexualmente transmissíveis (IST), varicocele, problemas hormonais ou doenças crônicas, podem afetar a fertilidade ao longo do tempo.
Mudanças no estilo de vida: Hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas ilícitas, anabolizantees e obesidade (excesso do peso) podem influenciar negativamente a fertilidade.
Cirurgias ou tratamentos médicos: Algumas cirurgias ou tratamentos médicos podem impactar a capacidade reprodutiva, como procedimentos que envolvem o sistema reprodutivo, o mecanismo de ejaculação ou tratamentos de câncer.
Mudanças no parceiro: Se o parceiro também está enfrentando problemas que influenciam no seu potencial de fertilidade, isso pode afetar a capacidade do casal de conceber.

Se você tem preocupações sobre a sua fertilidade é recomendado consultar um médico, que além de uma escuta ativa, com a anamnese, fará o exame físico e avaliação com exames a depender da sua condição de saúde. A partir do diagnóstico, será possível identificar possíveis problemas e discutir opções e tratamentos.

Henrique Cunha Vieira

Reprodução Assistida

Cirurgias: Correção de Varicocele e Reversão de Vasec

Coito ou Relação Sexual Programada (RSP)

Inseminação Intrauterina (IIU)

Fertilização in vitro clássica (FIV)

Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

O que eu penso quando vejo um espermograma...

Poucos espermatozoides e agora?

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Já tenho filhos mas posso ser infertil?

Fatores de agravo ao potencial fértil

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Dr. Henrique Cunha Vieira